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Cumplice Do Tempo

ser cúmplice é ser parte de algo

Perfume

30.01.23 | cumplicedotempo

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Perfume era tudo aquilo que a essência do seu ser exalava, fragância única que na sua simples presença despertava os sentidos, como jamais, nada nem ninguém ousara despertar.

Era nesse aroma almiscarado repleto de uma intensa e extrema sensualidade que o olfato se perdia, tornando se ausente para todo e qualquer outro odor a que ele sentido, dali em diante já não iria dar sentido algum, como que embrenhado naquele subtil aroma que de almíscar entorpecera toda a sua sensitiva forma de estar.

Perfume era tudo aquilo que quem por ela passava queria sentir, despertar de sentidos que na sua presença simples, fragância única se tornará, essência de um ser desejado.

E era nesse desejar de fragâncias e aromas que o palato também ele se desapossava do seu sentido, embriagado pela combinação de odores aos quais ele teimosamente um sabor queria dar, ávido de tal essência poder provar, como se disso iria depender o seu bem-estar.

Perfume era tudo aquilo e muito mais que aquilo, era o que os olhos não viam, mas que a ele, indiferentes não ficavam, focando aquele ser que essa fragância emanava, num deleite que só o brilho que neles se nos deparava os poderiam acusar de tal contrassenso, que só sentindo, poderia sentido fazer.

Perfume era deixar se embriagar na sua essência e de forma audível o deixar transparecer, para que nas transparências dele bálsamo que de cheiros se fez e que cor nunca teve; ouvido pudesse ser, e assim do seu ser quem sabe, parte também ser.

Perfume era sentir o seu ser de tal forma, que todo ele emanar de rendidos sentidos a alma poderia tocar, e dai não haver sentido algum, que dela pudesse alguma vez escapar.

Perfume, era tudo aquilo que dela se queria sentir, e se ele, dela não fosse, nada disso sentido faria.

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