Os seus sonhos
Os seus sonhos pintavam-se de um azul, que nem era mar, nem era céu, pintavam-se com as cores dos sentidos, e pouco sentido para ela fazia suas cores se definiram, pois eles, os seus sonhos, voavam livres, e eles nem asas tinham, nem eram aves, nem eram anjos. Voavam por aqui, por ali e mais além, sem um qualquer destino, e quisera o seu destino que livre ela com eles, assim voasse.
Os seus sonhos tingiam-se de um verde, que nem era de um campo verdejante, nem era de um qualquer diamante, tingiam-se na vontade incessante de eles sonhos serem esperança, esperanças que coloriam os seus dias, pois eles, seus sonhos, caminhavam libertos, e eles nem pés tinham, nem eram gente, nem eram ser, Caminhavam por aí, por ali e mais adiante, sem se darem em demasia as expectativas, pois de eles sonhos e dias, para ela bastava, que de esperanças eles também se colorissem.
Os seus sonhos desenhavam-se num fundo branco, que nem era papel, nem era parede, desenhavam-se na essência do seu crer, onde o querer se cingia as linhas que neles se traçavam, pois eles seus sonhos, mergulhavam soltos, e eles nem nadar sabiam, nem eram quimeras, nem eram sereias. Mergulhavam por lá, por ali e mais avante, para que nas profundezas do seu crer se ilustrasse desejos e vontades, e no delinear do querer, ela um sorriso pudesse esboçar, e ela mergulhando nos seus sonhos assim o fazia.
Os seus sonhos escreviam-se onde todos e qualquer um os pudesse ler, os seus sonhos eram palavras que voavam livres, que caminhavam libertas e mergulhavam soltas, e que aqui, ali e mais além se transformavam em poesia, pois, ela afinal, era o amor que de todas as cores pintam todos e cada dia.