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Cumplice Do Tempo

ser cúmplice é ser parte de algo

Nessa noite

23.10.23 | cumplicedotempo

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E nessa noite, os seus olhos fechar-se, não queriam, ao sono, a alma entregar-se, não iria, e mesmo que o seu corpo assim o pedia, a ele obedecer, por certo, ela não ia.

Os seus olhos humedecidos, umas quaisquer dores previam, mas no seu rosto, um sorriso havia, e nem o cansaço do seu corpo, o contrariar podia, então porquê ­­? Ela adormecer, tanto, não queria.

Eram elas, lagrimas de alegria, que pelos seus olhos se vertiam, e ele sorriso do seu rosto, não o desmentia, amor seria o que a sua alma sentia? Ou simples saudades de um dia, que para trás já ficaria.

Esguia, a sua postura, com a do seu corpo se confundia, como que valsando por entre os lençóis que a cobriam, inquietude ou fantasia, ânsia ou nostalgia, uma valsa de sentires em perfeita sincronia, com aquilo que a sua alma previa.

E era nas paredes do seu quarto onde já, pouca luz existia, que eles seus sonhos se desenhariam, perfazendo momentos de uma terna alegria que nele seu sorriso se antevia, e firmes, o seu corpo e sua alma se mantinham, para o que, de vir, havia.

E tudo sentido faria, no preciso momento em que a porta se abria, e ele, a ela se juntaria, e numa perfeita sintonia, os seus corpos de caricias se encheriam, para que na despedida desse dia, ela noite, testemunha fosse da saudade que neles existia.

Não era ânsia, nem nostalgia, e muito menos melancolia, simplesmente era saudade de um futuro que em ele, ela saudosamente previa, e era nessa forma de amar que ela vivia, vivenciando cada noite e cada dia, como se um qualquer amanhã, lugar não teria, e o resto… o resto, era somente poesia…

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