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Cumplice Do Tempo

ser cúmplice é ser parte de algo

Gosto te

25.10.24 | cumplicedotempo

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"Gosto te".

Como poderia algo que dito e escrito de forma tão simples, ter um significado que até então, eu pensava desconhecer, como poderia um de ti gostar, tão transparente, revelar tanto neste tão breve gesticular dos seus lábios, como um "gosto te", podia afinal ser um gostar de mim em ti.

"Gosto te".

Havia naquele gosto, em que eu era o sujeito, todo um principiar de afetos, um gostar que me acompanhava como se me quisesse dizer, "estou aqui se de mim precisares".

Um "Gosto te", que não é menos, nem mais do que um abraçar de duas palavras em que um sentimento ganha sentido, num só sentido, o de quem se gosta, e assim me senti, gostado.

“Gosto te”.

“Gosto te”, porque és tu, disse-me, e nessa indescritível forma de ti gostar, te gostar não é mais do que o sublimar de gostos que ousamos partilhar.

"Gosto te", por em ti me poder guardar, e por em mim esse gostar, se guardar nessas palavras que se escrevem.

"Por isso escrevo-te, para te guardar, para ser poeta e seres poema”, porque afinal mesmo que eu antes não o soubesse e a ele o desconhecesse, era sobre este "gosto-te" que eu tanto quis escrever,  para que desta forma, um dia, num poema eu pudesse guardar-te a ti e a ele, em mim.

E se a vida nos permitir gostar, que "gosto te" seja, princípio, meio e fim, para que eu nunca deixe de  o "escrever-te".

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