Banco de jardim
Naquele banco de jardim guardavam-se beijos, abraços, sorrisos e confidências.
E ali se reencontravam os seus lábios, neste abraçar dos seus rostos e suas almas.
Guardavam-se juras de amor, afectos e silêncios.
E por entre amáveis promessas, carícias e quietude, era naquele banco de jardim que os amores, sentir, se faziam, em sua plenitude.
Naquele banco de jardim, sentia-se o cheiro dos dias enamorados, das tardes apaixonadas e das despedidas dos namorados.
Exalava a fragrância da cumplicidade, emanava o perfume do arrebatamentos e do apego, e nunca um adeus, ali se fez sentir.
Naquele banco solitário, o amor, só, nunca se sentira, pois, os amantes e os amados ali se guardavam, e mesmo não o sabendo, a ele, sempre voltavam, nas memórias ou no simples recordar.
E naquela aparente solitude, escondia-se a virtude de um amor, para que amantes e amados, a ele, sempre que assim o quisessem, se devolverem, pudessem.
Naquele banco de jardim o amor escrevia-se de mãos dadas, nos beijos e abraços trocados, e as recordações para sempre ficavam guardadas.
Pois nele banco de jardim sempre haverá um lugar para aqueles que ao amor se entregarem.
E mesmo se ele vazio parecer, lembrem-se, o amor que ali acontecer, jamais dele poderá desvanecer,
Nele sempre se encontrará algo, para se recordar ou viver.