A saudade de um olhar
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Era de amor que os seus olhos se preenchiam, neles havia um sem fim de saudades, de instantes vividos, de momentos únicos e repetidos,e era alimentado por esse amor, que ele olhar pleno de nostalgia, em volta olhava.
Perdendo se neste mundo que o rodeava, para aqui e ali, esses passados instantes e momentos, encontrar, pois tudo em seu redor o levava, a que os pudesse recordar.
A saudade pincela os sentidos com as cores dos momentos e das pessoas que em nós ficaram, para que eles nossos olhos em qualquer parede possam reproduzir cada instante e cada pedaço de tempo vivido.
A saudade no coração esculpe os rostos de todos aqueles que pela nossa vida passaram, para que os seus sorrisos em nós sejam perpetuados, e para que ele olhar nos mais comuns dos reflexos os possa a todos reencontrar.
Na alma a saudade guarda os nomes, os sítios, as palavras que os definem e tudo aquilo que de melhor puder descrever estes pedaços de nós que para trás ficaram, para que eles olhos se encham de satisfação, nos lugares por onde voltamos a passar, e nas palavras que por mais simples sejam, outrora se repetiram por entre um sem fim de cumplicidades.
E é por isso que eles olhos nunca se fecham, pois ela saudade deu-lhes poderes, para que olhares de amores se concebam em todo e qualquer lugar, nas luzes e na escuridade, nos silêncios e na azáfama, pois é de fragmentos da saudade que os sentidos, o coração e a alma se alimentam nos dias em que as recordações teimam de nós se apossarem.
Há na Saudade um sentimento eternizado, para que no recordar, eles olhares que de amor se preenchem, possam reconstruir a felicidade com pedaços de amores passados, dando a esta vida mais sentido num presente, que nada para trás deixa ficar, fazendo com que ele futuro, assim, nunca deixe de lembrar sem deixar de brilhar.