As quatro estações
No Outono dos meus pensares caiem as folhas, desejos que outrora verdejantes foram fólios da arvore do meu ser, não se desvanecem para jamais, seguem o natural ciclo da vida e dos tempos, para nele reciclarem suas cores e vontades… No inverno dos meus pensares as vontades recicladas acalentam a minha existência numa breve introspecção por mim mesmo, desejos e anseios de sempre que agora hibernam no mais profundo recanto de mim mesmo, amparando os sonhos das intempéries da vida neste natural ciclo do tempo… Na primavera dos meus pensares desabrocham agora novos e antigos desejos, movidos pelas vontades renovadas que de mim espalham luz e cor vindas das profundezas onde outrora hibernavam meus quereres, juntando-se harmoniosamente as sementes dispersas pelos meus sonhos que agora eclodem neste novo ciclo sinonimo de vida, despertar natural do tempo… No verão dos meus pensares retiro os frutos dos desejos que libertam em suas cascas os anseios, recolho dos meus sonhos alimentados realidades e prazeres, e nas minhas vontades amadurecidas encontro o equilíbrio necessário para enfrentar uma vez mais este ciclos ininterruptos e naturais da vida e dos tempos
Pelas quatro estações de mim mesmo renovo, resguardo, paro e penso, semeio, alimento e colho, para que neste ciclo de vida e de tempo eu encontre a harmonia do meu ser.