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Cumplice Do Tempo

ser cúmplice é ser parte de algo

Olhava o infinito

16.08.09 | cumplicedotempo

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“Olhava o infinito. O mar não acabava e o vento murmurava... o meu pensamento estava em ti... o infinito era a paixão... o mar a tua presença e o vento e a tua voz… saudade!”

Leio e releio este poema que escrevi a tantos anos, e relembro com clareza o sítio, o momento e o porque!

E olhando hoje para ele relembro e sinto o porque das minhas palavras. Olhava o infinito sim, a minha incessante procura da beleza escondida naquele horizonte onde o sol se põe, procurava para alem do véu que a nossa visão nos da, não nos deixando se quer espreitar para lá do mesmo.

Naquele mar presenciava a imensidão de tudo o que eu tinha tanta vontade de sentir, como uma onda que me arrastava, por vezes calma, por vezes tão forte, como eu queria mergulhar naquele dia e amar esse oceano de desejos.

O vento esse, batia me no rosto com uma suavidade tal, que sentia o sussurrar de uma voz doce e melancólica como que me chamando, abraçando as palavras que nesse preciso momento escrevia, deixei me envolver e perdi me no pensamento dessa suave melodia chamada “amor”

A paixão que eu sentia era verdadeira, não havia nela defeitos, nem qualidades, de tanta harmonia que me presenteava, a sua presença era iluminada pelo brilho do luar neste vasto mar que se me deparava, a sua voz de tal modo me embalou que fiquei ali, com uma saudade que ate então desconhecia.

Leio e releio este poema, e relembro com clareza o sitio, o momento e o porque! Este “amor” não tinha rosto, nem voz, nem olhar, nem alma, mas no meu ser algo já me dizia que existia, e ao deixar me levar pelo momento senti-o tão perto de mim…

Leio e releio este poema e agora sei que este e o sítio onde eu o quero escrever. Pois ele terá um momento para o leres, e será esse o porque do infinito me ter dado a inspiração ao escreve-lo...

Leio e releio este poema e espero que todos vocês o façam, e talvez também aqui encontrem o vosso infinito!

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