Aquela manhã acordara com um seu sorriso e um raiar de sol tímido, uma ligeira brisa fazia se sentir no ondular dos seus cabelos, e nesse enternecido amanhecer, a sua tão simples presença só acabava no adoçar de um encontro dos seus lábios com os deles.
Era de ternuras e afetos que ela manhã se preenchia, e pouco importava se ainda era noite ou dia., pois. mesmo que ele dia, ali decidisse terminar, nem a noite nem a tarde, saudade deixar iria.
Afinal, era naquele despertar que todo ele amor ousava ser princípio. meio e fim, mas não de tudo, pois tudo, a ele amor, não bastava, e para que dúvidas não restassem, toda e qualquer saudade selada seria, nos abraços que ambos trocavam, na ânsia digna de amantes que em cada encontro tudo deles, iriam deixar.
Cada manhã era um renovado despertar desse amor que os unia, era na paixão dos beijos dados que as juras desse amor se repetiam e faziam ouvir, era na envolvência dos abraços que se escreviam as carícias e os afetos, para que na alma esse amor gravado para sempre ficasse, era na singeleza de uma troca de olhares que a ele amor entregavam o infinito, para que nele juntos pudessem morar.
E era nessa terna forma de acordar que eles dias se iriam perpetuar, nessas manhãs onde os seus destinos, ali decidiam juntarem-se, para que nesse renovar de afetos, jamais algo ou alguém, os pudessem separar.
Era de amor que os seus olhos se preenchiam, neles havia um sem fim de saudades, de instantes vividos, de momentos únicos e repetidos,e era alimentado por esse amor, que ele olhar pleno de nostalgia, em volta olhava.
Perdendo se neste mundo que o rodeava, para aqui e ali, esses passados instantes e momentos, encontrar, pois tudo em seu redor o levava, a que os pudesse recordar.
A saudade pincela os sentidos com as cores dos momentos e das pessoas que em nós ficaram, para que eles nossos olhos em qualquer parede possam reproduzir cada instante e cada pedaço de tempo vivido.
A saudade no coração esculpe os rostos de todos aqueles que pela nossa vida passaram, para que os seus sorrisos em nós sejam perpetuados, e para que ele olhar nos mais comuns dos reflexos os possa a todos reencontrar.
Na alma a saudade guarda os nomes, os sítios, as palavras que os definem e tudo aquilo que de melhor puder descrever estes pedaços de nós que para trás ficaram, para que eles olhos se encham de satisfação, nos lugares por onde voltamos a passar, e nas palavras que por mais simples sejam, outrora se repetiram por entre um sem fim de cumplicidades.
E é por isso que eles olhos nunca se fecham, pois ela saudade deu-lhes poderes, para que olhares de amores se concebam em todo e qualquer lugar, nas luzes e na escuridade, nos silêncios e na azáfama, pois é de fragmentos da saudade que os sentidos, o coração e a alma se alimentam nos dias em que as recordações teimam de nós se apossarem.
Há na Saudade um sentimento eternizado, para que no recordar, eles olhares que de amor se preenchem, possam reconstruir a felicidade com pedaços de amores passados, dando a esta vida mais sentido num presente, que nada para trás deixa ficar, fazendo com que ele futuro, assim, nunca deixe de lembrar sem deixar de brilhar.
E naquele final de julho trocavam mensagens desenfreadamente como se não houvesse um qualquer amanhã, e como se naqueles dias ou noites tudo tivesse que ser escrito até a exaustão, para que nada por dizer ficasse.
E o fim das noites e mesmo as manhãs, essas eram passadas a reler cada frase, sorrindo para cada sorriso nas mensagens trocado, relendo e sentido cada afeto como se os tivessem já vividos, ansiosos pela próxima troca de mensagem, que certamente desde o cedo acordar a eles iriam voltar, tal já era paixão sentida neste simples ato de mensagens trocar.
E as manhãs, e as tardes e noites desse colorir de afetos iam se preenchendo, carregado na ânsia de um simples notificar, um discreto clique que tudo ia mudar, pois neste instante os seus rostos voltavam a brilhar, a pele a arrepiar e todos aquelas borboletas de volta aos seus voos de forma descontrolada ao estomago lá iam voltar.
E as temperaturas deste verão aumentavam a cada passar desses dias, e os ímpetos dessa paixão sombras não procuravam pois, de forma nenhuma iriam ou queriam sossegar, e seria nessa espiral de desejos, afetos, atração assumida, entusiasmo, fascínio e declarado arrebatamento que eles se iriam entregar.
E as mensagens juntaram conversas sem fim, onde tudo e nada faz todo o sentido, quando o simples desejar é ouvir e falar, onde os risos e as risadas nos seus quartos entoavam, como se já lado a lado estivessem, e não houvesses muros ou paredes que os pudessem separar, e já certos onde essas longas conversas os iriam levar, deixaram que os sentimentos se pudessem libertar, deixando escapar seus desejos e vontades como se já nada pudesse importar, e de verdade se diga, não importava.
O dia chegara, e finalmente olhos nos olhos eles poderiam comprovar se ele amor de verão não era ele um simples desejar sem ponta por onde lhe pegar, ou uma intensidade tal, que paixão e todo outro qualquer sentimento difícil seria de segurar, mas a empatia tal já era, que não haviam como se enganarem, o que escrito e falado nesses dias, pronto para ser vivido nesse fim de dia de verão estava.
Essa história longa já vai, e ele verão de forma tão intensa se viveu por ambos, que tudo aquilo que fica por contar, pouco importa senão, para por eles ser relembrado, uma certeza irá ficar, esse verão ao amor decidiu se entregar, e se foi fogacho, mera paixão ou uma amor para toda uma vida, pouco interessa, ambos aceitaram que iriam viver esse amor de verão e a ninguém cabe julgar a que estações ele pode ter chegado.