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Cumplice Do Tempo

ser cúmplice é ser parte de algo

"Ela"

31.07.23 | cumplicedotempo

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“Ela” fora esse o nome que ele lhe quisera dar, pois em “Ela” caberiam todos os seus sonhos, os deste e de outros mundos, e sendo tão só “ela” os seus sonhos livres seriam, de a “Ela” um nome lhe poder dar, sem que para isso o tivessem sequer de o pronunciar ou dele num outro dia se recordar.

“Ela” eram todas as estrelas que no céu para ele brilhavam, e pouco para ele importava se “Ela” intermitente ou radiante seria, pois “Ela” céu estrelado sempre seria, e seus brilhos aos seus olhos, incandescentes, de ser sempre haveriam, pois as noites com “Ela” de luz se faziam.

“Ela” eram todos os sorrisos que com ele se cruzavam, fossem eles meigos, tímidos ou a simples curvatura de um rosto ao qual adjetivo não se daria, “Ela” neles, o seu sorriso sempre seria, e nas suas faces isso nunca se iria desmentir, pois a ele, em “Ela” pensar bastaria, para que cada sorriso que com ele se iria cruzar, no seu rosto o de “Ela” espelhar e nele deixar toda a sua magia.

“Ela” era todas as músicas que ele ouvia, e sobre “Ela” todas as letras se escreviam, e a “Ela” ele sempre recorria, dando a cada música um novo sentido, e era nesse sentir que valsas de nostalgia de alegria se preenchiam, e fados carregados de saudade novas esperanças lhe traziam. Pois era a “Ela” que ele ouvia e sobre “Ela “, que as músicas falariam, sem nunca importar o seu estilo ou as suas melodias.

“Ela” era tudo o que para ele importaria, e sem “Ela” sentido nada faria, pois era “Ela” que o amor trazia, e ele a “Ela” se entregaria.

E desde esse dia “Ele” deixou de ser nostalgia, para no amor que “Ela” lhe oferecia, “Ele” preencher os seus dias, sabendo se que “Ela” nunca de nome quis mudar, pois ser de amor para “Ela” em “Ele” também bastaria.

Diz me

24.07.23 | cumplicedotempo

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Diz me onde se escondem as estrelas que jurava ter visto lá onde o teu olhar se perdeu, diz me se elas estrelas cadentes eram, para que assim neles brilhos que dos teus olhos partiram, junto partir eu possa, e na cadência deles astros, a tua luz encontrar.

Conta me como os teus sonhos se enredam e como eles dos teus cabelos se soltam, pois, no deslizar, por entre eles dos meus dedos, consigo sentir um sem fim de soltas emoções, que sonhos só podem ser, tal a leveza e a forma libertina com que eles a um suave esvoaçar se entregam; nessa brisa de soltos pensares, por certo, eu também te poderei sonhar e quem sabe nos teus cabelos, para sempre, me entregar.

Lembra me em qual dos teus sorrisos o sol se irá pôr, pois é para mim, nas linhas do teu rosto que se define o infinito, e se ele sol tanto nas tuas faces insiste brilhar quando sorris, então por certo nelas quererá se envolver no seu capitular, para que em outro dia em ti , ele, sorriso possa voltar a ser, e mesmo que a linha do horizonte eu nunca possa chegar, num teu sorriso ver o sol se pôr, o suficiente será, para que infinitas as lembranças de te  ver sorrir em mim possam ficar e assim em mim até jamais, o sol brilhar.

Recorda me onde pelo teu corpo se desvanece o teu desejar, pois a ele o brilho das estrelas quero dar e assim para ti o iluminar, para que na brisa de soltos pensares juntos nele possamos sonhar, e nesse suave esvoaçar a ele corpo nos podermos entregar, para que quando o sol num teu sorriso se pôr, jamais ele desejar, ousará desvanecer, pois infinito neste entregar, ele para sempre quererá ser.

Agora diz me, conta me, lembra me e recorda me, para que tudo possamos voltar a viver, mesmo que infinito já tudo seja.

Na leveza do querer

14.07.23 | cumplicedotempo

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Na leveza do querer há um doce flutuar de vontades e intentos que de forma delicada se unem numa perfeita harmonia. Na vontade reina a graciosidade de um bem querer, que nos gestos, nas palavras e nos afetos irá encontrar o seu sentido, e é nesse sentir da vontade que ao de leve o querer, sem tremular numa aprazível afeição se irá converter. Nos intentos impera a elegância de uma estima que de pensamentos, desejos e sonhos, em suaves e genuínas intenções se irá metamorfosear e assim encontrar na virtuosidade deste leve querer uma razão para se realizar, realizando sonhos e desejos que outrora o peso das incertezas carregava.

Na leveza do querer há um doce esvoaçar do acessório, do dispensável e desnecessário, levados na delicadeza de uma brisa de benquerença, sopro dócil e imaculado que nos transporta e inspira, deixando no ar que nos rodeia o equilíbrio perfeito para que ao de leve e sem pesares, só o necessário e indispensável a nós se presenteie, e assim possamos aos outros, esse bem querer presentear.

Na leveza do querer, há um doce libertar do espírito e da alma que de forma subtil pela brisa de Benquerença se deixam levar, para que na graciosidade da vontade e na elegância dos intentos, ao de leve e na harmonia desse doce flutuar, ela leveza do querer encontre finalmente a sua paz no espírito e o seu conforto na alma, e assim ela leveza a outros nesses quereres, se possa ofertar, e quem sabe, leves quereres de outros um dia também irá receber.

Na leveza do querer sempre haverá um dar, que peso nunca terá…

Plenitude

10.07.23 | cumplicedotempo

Imagem gentilmente cedida pelo Fotografo X

 

Na quietude da alma há um terno sossegar que nos embala, nela não existe espaço para ruídos,  alvoroços e nem tão pouco alaridos, no deleite desse sereno lugar que de quietudes se preenche, somente se encontra um amor ao qual nunca se deu um nome, um rosto e nem tão pouco uma cor, para que assim ele amor de forma genuína aos mais ínfimos desejos se possa entregar, sem que a esses, lembranças, possa despertar.

E é nesse doce sossegar que desejos perdidos, quebrados ou mesmo desvanecidos se voltam a encontrar, pois nela quietude da alma suas feridas de amor se irão sarar

Na Solitude da alma há um aprazível apaziguar que nos envolve, nela não existe espaço para magoas, a dor e nem tão pouco para rancores, no deleite desse pacifico lugar que de solitude se preenche, somente se encontra o amor próprio, ao qual o nosso próprio nome damos, o rosto e tão somente as cores que assim desejarmos, para que assim ele amor próprio de forma autentica aos mais preciosos sonhos se possa devolver, sem que a esses medos, possa desadormecer.

E é nesse subtil aquietar que sonhos esquecidos, abalados ou mesmo adormecidos se voltam a encontrar, pois ela solitude da alma de amor próprio se encheu, para que eles, nela, voltassem a renascer.

Na plenitude da alma há um delicado serenar que a nós se entrega, nela tudo existe e tudo nela se transforma, ruídos tornam se melodias, magoas viram sorrisos, dores desvanecem e nem tão pouco rancores ou alaridos nela sobrevivem, no deleite deste imperturbável lugar que de plenitude se preenche, o amor encontra a sua completitude, e o seu nome, o seu rosto e as suas cores são agora aqueles que os sonhos e os desejos quiserem.

E é nesse amável oferecer da alma que de amores se preenche, que quem a ela se entregar, por certo a sua completitude também irá encontrar.

    Fotografia gentilmente cedida por Fotógrafo X