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Cumplice Do Tempo

ser cúmplice é ser parte de algo

O amor de Valentim & Valentina

13.02.23 | cumplicedotempo

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Valentim nunca escondera o seu amor por Valentina

nem neste, nem em outro qualquer dia

tal como na noite, também não o fazia

nem nesta, nem naquelas em que Valentina ele não via.

 

Por certo, Valentim não primava pela ousadia

parco em palavras, pouco, a Valentina dizia.

Mas com isso, ela não se afligia

pois no seu canto, ela ficava

e para ele Valentim, ela sempre sorria.

 

Valentim & Valentina

ambos o sabiam

que a timidez com sorrisos se vencia

e se as palavras certas

no momento certo não apareciam

uma doce e terna curvatura do rosto

todos os seus problemas resolveriam.

 

E assim ele amor de Valentim e Valentina sobrevivia

mesmo que a ausência de palavras

neste, e nos outros dias persistia.

 

Mas disso, o amor sabia,

que tanto Valentim, como ela Valentina

por mal não o faziam,

pois, suas vidas a mais não permitiam.

 

Ele, marionete que com fios se mexia

ela boneca de trapos que sempre sorria

Talvez impossível parecesse sequer

que amor haveria

 

Mas assim, eles o conseguiam,

Pois neste ou em qualquer outro dia

Uns sorrisos eles sempre tinham

E mais do que isso, eles também não queriam.