Infinitos eram os seus desejos, mas eram neles que os seus maiores medos existiam, e com eles ja nem os seus proprios pensamentos lhe pertenciam. infinitas eram as vontades, mas a elas nem sequer seu corpo reagia, ficando se a vontade pelo estado de alma de quem quer mudar o mundo, mas nunca tem a força necessária para o percorrer. Infinitos eram os sonhos, e esses, eram viagens onde desejos e vontades caminhavam de mãos dadas, onde o caminho era por si só, o unico destino, pois era na essência do seu percurso que eles desejos se realizavam e essa era a vontade que os guiara para lá do infinito. Infinitas eram as loucuras que a vida lhes traziam, doçuras e amarguras , espontâneadades e acasos, momentos ou meros pedaços de tempo.
Infinito era o amor , sem medo de ser desejado, vontade ao qual corpo e alma se entregavam, sonho que nele se tornará realidade, loucura vivida, doçuras espontâneas, amargos somente por acaso, momentos sem fim, pedaços de tudo.
Amarras só se prendem no mar quando a terra se quer chegar, e elas amarras só se soltam quando ao mar se quer voltar, mas se delas amarras se retirar somente a palavra amar, então elas só nos prendem para nos libertar.
Porque se de verdade amares, amarras serão o teu porto seguro, a certeza de teres algo que te prende, que te quer, seja na terra, seja no mar.
Amarras será sentires um abraço infinito de quem de ti quer cuidar, será sentires o conforto de quem te prende pelo simples prazer de contigo querer estar.
Amarás com amarras e sentirás para todo o sempre o vínculo doce e subtil de uma alma que a tua se quer juntar, para assim gémeas se tornarem.
E se de amarras te quiseres soltar, lembra te que elas se formaram da palavrar amar. Por isso usa as para voar, e não esqueças que elas lá estarão quando precisares de pousar.
Amar, amarra-nos na cumplicidade e na empatia numa harmoniosa forma de estar.
Amar é um elo forte que se cria e que tal como as amarras nos prende para nos libertar.
Faltas são as ausências, os espaços, as insuficiências, os vazios, que por vezes são tão difíceis de preencher.
E porquê ? Porque tudo nos faz falta.
Faltam os Abraços, ausência de um entrelaçar de braços, que ocupa os espaços que nos separam, preenchendo o hiato entre dois seres e tornando os afetivamente suficientes.
Faltam as Palavras, e essas ausências tornam se silêncios, pois não lhe damos o seu devido espaço, e se nunca as deixarmos se juntar. nada nem ninguém poderemos preencher, e sem elas, nunca teremos frases, nem expressões nem simples sentenças e tudo ficará por dizer.
Faltam os sorrisos, ausências de risos, falta de juízo, falta o rir por querer e sem querer, falta o não ter razão para seja o que for e muito menos para sorrir, pois, como se pode a alma alimentar sem esta delicadeza que o nosso rosto lhe pode presentear.
Faltam os beijos, ausência que retrai os lábios ávidos de outros tocar, desejosos em preencher um espaço que os liga a quem os amam, a quem deles cuidam, sejam eles amantes, namorados ou eternos apaixonados, beijos nem que um seja, será sempre o suficiente, pois atrás dele haverá sempre outro, assim eles são, os beijos apaixonados ...
Faltam as caricias e nesta sua ausência tudo nos faz falta, acariciar é como beijar o corpo e a alma com a ponta dos dedos, é o abraçar de dois corpos na intermitência de uma frágil e cuidada forma de tocar, de uma simples caricia se abre um rosto e nele nasce um sorriso, e nesse eterno afagar de sentidos, as palavras, essas, renascem e tudo o que até aqui eram vazios voltam a se preencher de afetos, para que jamais nada nos faça falta.