Desejos & Vontades
E se no amor os seus desejos nunca iriam transparecer as suas vontades, no mais ínfimo querer tudo em si o refletia, como que querendo aí, expressar tudo o que na alma e nas veias lhe corria, amor esse que pranto de prazeres, choro transcendente, quis um dia ser mais do que um sentimento que aos seus sentidos ele quisera dar...
E nesse desvanecer dos sentidos quis a sua alma ser corpo e vontade e o seu corpo ser alma e desejo... E nesse entregar de vontades, uma plenitude que de desejos se alimentava, e aos quais nem o corpo, nem a alma se atreviam controlar... Extasiar da mente, resvalar de um âmago sedento, extravasar de secretas formas de amar...
E na plenitude de cada desejo ousavam as vontades a eles sobreporem-se como que dando sentido a tudo aquilo que até hoje ele nem sequer ousará imaginar, pois sentido aos sentimentos, ele nunca quisera dar.
E foi assim, que nesta indefinida forma de sentidos desejos, uniram-se o querer e a vontade e de corpo e com alma aos sentimentos se entregaram, para que ele desejo sentido fosse agora mais do que um sem sentido desejar, e se tornasse unicamente numa perfeita vontade de amar.