Musa
Nasce em ti toda a minha inspiração, como se em ti simplesmente se redigissem todos os meus mais sentidos pensares, moldam se nas curvas do teu ser todas as minhas duvidas, como se todas as minhas tão por vezes sinuosas hesitações, nelas voltas dadas nas dobras do teu corpo encontrassem as respostas a todo este meu ser tão-somente errante, quando de não, em encontro do teu, mora em ti toda a minha inspiração que em cada olhar por nós trocados apazigua toda a minha descrença ou simples relutância, como se ele meu olhar, no sereno do teu se envolvesse para juntos e na mais perfeita das sintonias serem somente um, e toda aquela nevoa que antes me perturbará se dissipar na limpidez deste teu observar tão sentido quando esta nossa vontade se conjuga, e nesta quietude inspirada cada olhar meu se renova na transparência desta tua tão sensível forma de assim me olhares, brota em ti toda a minha inspiração, jorrando dos teu lábios toda uma envolvência única que somente se sela no encontro deles, teus lábios com os meus, emparelhar de almas na forma de um beijo terno, química impar que nos transporta numa envolvente apartada e apenas nossa, nascida na física de rostos carentes e ávidos desta inspiração se saciarem, morre em ti a sensação que em mim por vezes existe, de que as palavras não mais se dizem ou se escrevem, onde as duvidas persistem e a descrença sobrevive, morre em ti, para em mim renascer em cada novo deambular pelo teu corpo, em cada olhar trocado, em cada beijo dado, em novas palavras que assim te digo e assim te escrevo pois em mim não existe um réstia de duvida que seja nem um pedaço de descrença que possa sobre existir, pois é em ti que mora a musa que há mim e da sua inspiração se reescreve cada instante, cada momento, cada pedaço de tempo num alento infindável que só tu musa do meus pensares e quereres me poderias ofertar.
A minha cumplicidade para com a fabrica de historias