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Cumplice Do Tempo

ser cúmplice é ser parte de algo

beijo cumplice

08.09.09 | cumplicedotempo

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Abri a palma da minha mão e suavemente dela lancei um beijo repleto de ternura, na envolvência de uma serena brisa fruto de um suspiro de saudade que em mim nasceu, o doce beijo soltou suas asas para partir ao encontro das nuvens de algodão que no céu se desprendiam, flocos de um branco imaculado espelho de uma pureza cândida, sinónimos de um amor genuíno que inocentemente sobrevoa a esperança para um dia ser encontrado.

E aí o beijo fechou suas asas para se tornar carícia, afagando cada pedaço de tempo que teima em se alongar por cada minuto que passa, como que amaciando a dor inerente da distância que separa o encontro deste beijo lançado na saudade, agora carícia de esperança da tão ansiada cumplicidade...

No acalentar dos meus pensares a carícia fez se palavras por instantes para com elas me relembrar este seu jornadear de saudade, mas depressa para o céu regressou porque ela, esperança na carícia sabe que um dia voltara a ser beijo terno devolvido, e que ele suavemente vira a minha mão para então na envolvência de um momento cúmplice, ela se fechar e selar definitivamente a saudade.