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Cumplice Do Tempo

ser cúmplice é ser parte de algo

Cumplicidades

11.07.13 | cumplicedotempo

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Foi na linha em que o horizonte se separou do infinito que os meus maiores desejos se perderam, foi nessa fronteira onde o meu olhar se dissipou que a visão perfeita de uma tua silhueta se dissimulou, como que se um véu a cobrisse, foi neste pequeno espaço de tempo entre o ter te nos meu braços e te perder que o meu sorriso se desvaneceu

É onde o meu olhar se perde que a saudade nasce, onde ele se dissimula que ela cresce e onde tudo em mim para além do sorriso se desvanece que ela saudade em mim se embrenha, e é nesta melancólica forma de por ti ansiar que persisto em procurar te para lá daquela linha em que o horizonte se separa da infinidade de recordações e sonhos, mesmo sabendo que eles simples desejos nela se perderam, tal como é nesta fronteira onde ele olhar já não te alcança, que todo os pedaços de tempo por nós vividos se tornam memorias desvendadas num véu agora tela viva de momentos passados, é neste pequeno momento entre ter e não te ter que por vezes me deixo levar pela saudade, para nela me poder reencontrar em ti, nem que este seja só um pensar, uma recordação, uma imagem, uma memoria…

E sempre que atravesso esta linha, é como se as cumplicidades que no tempo partilhamos se redescobrissem umas as outras para juntas se tornarem, não mais passados momentos, mas instantes presentes que me nutrem na tua ausência

Foi para lá dessa linha que nos separa que percebi o significado da palavra “saudade”, e ao atravessa la vezes sem conta entendi, que “cumplicidades” jamais poderão existir sem ti.

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